Simpósios temáticos virtuais
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ST 1 – Processos colaborativos nos campos patrimonial e museológico
ST 1 – Trabalhos para apresentação
Coordenadores: Profa. Dra. Elizabete de Castro Mendonça (UNIRIO); Profa. Dra. Rita Juliana Soares Poloni (UFPEL) e Prof. Dr. Diego Lemos Ribeiro (UFPEL)
Descrição: este simpósio temático tem como escopo reunir investigações e experiências que tratem da interface entre patrimônio cultural e museu, do prisma das práticas colaborativas. Com a ampliação da categoria de patrimônio cultural, em compasso com a reorientação conceitual no campo museológico, abre-se profícuo horizonte para refletir sobre as flutuações semânticas que essas categorias podem assumir e a inserção das comunidades nos processos patrimoniais. E como efeito deste deslocamento epistêmico, emergem desafios, potencialidades e dilemas inéditos, que aludem às distintas formas de operar o patrimônio musealizado, ou em processo de musealização. Almeja-se com este espaço, portanto, refletir sobre temas que tangenciam os processos colaborativos no trato museológico do patrimônio, assim como a emergência de questionamentos éticos, políticos e epistêmicos inerentes a esses processos. Tem-se como perspectiva questões fundantes, como: afinal, o que estamos preservando e com qual finalidade? Quem opera a seleção e classificação dos bens patrimoniais? Comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais compartilham das mesmas concepções e prioridades das instituições de guarda em relação à gestão das coleções? Como preservar “coisas” em fluxo, abertas a contradições, desde um ponto de vista intercultural? Estão no cerne desta proposta discussões que tratam de práticas museológicas e curatoriais colaborativas, de construção de narrativas históricas contra-hegemônicas, de abordagens que consideram a perspectiva nativa de museu e patrimônio, de políticas de restituição e repatriação, de processos que envolvam a reparação de memórias subalternizadas, de gestão colaborativa do patrimônio, dentre outros temas análogos.
Palavras-chave: Patrimônio Cultural; Museu; Processos Colaborativos.
ST 2 – Patrimônio, Cultura Afro-brasileira e Decolonialidade: práticas educativas, políticas e sociais
ST 2 - Trabalhos para apresentação
Coordenadores: Prof. Dr. Arilson dos Santos Gomes (UNILAB), Prof. Dr. Cairo Mohamad Katrib (UFU), Prof. Dr. Mauro Dillmann (UFPEL)
Descrição: A elaboração intelectual da modernidade produziu uma perspectiva de conhecimento que demonstra um caráter de poder: capitalista, colonial, eurocentrado (QUIJANO, 2005, p. 115). Essa representação hegemônica ocidental foi difundida em escritas, fotografias, pinturas, simbolizações, comunicações, traduções, etc. (HALL, 1993). O padrão de poder esteve no controle da economia, do trabalho, da autoridade – o Estado e suas instituições –, da raça, do gênero, da sexualidade, do conhecimento e da natureza. Essas alusões passariam a compor os aspectos da colonialidade, no qual corpos, culturas e saberes foram subalternizados. Nesse contexto, as múltiplas tradições africanas e negras brasileiras sofreram, historicamente, um processo de deslegitimação. Este Simpósio Temático propõe reunir trabalhos que versem sobre a produção de saberes insubmissos (LUGONES, 2014), destacando a importância dos corpos, da geopolítica do conhecimento e das experiências das populações negras na academia e fora dela (BERNARDINO-COSTA, 2018; KILOMBA, 2019; FIGUEIREDO, 2020). Assim, buscamos agregar e debater pesquisas que versem sobre os patrimônios, as culturas afro-brasileiras em perspectiva histórica, as compreensões que envolvem o debate intelectual, ético e político promovidos pelos afro-brasileiros no tempo presente, as organizações negras, os feminismos, os protagonismos negros de ativistas, de acadêmicos, de professores/as, de artistas e de lideranças religiosas, bem como as práticas de ensino, as políticas públicas e as ações afirmativas.
Palavras-chave: Patrimônio; Cultura Afro-brasileira; Decolonialidade.
ST 3 – História e Patrimônio Industrial: entre o material e o imaterial
ST 3 - Trabalhos para apresentação
Coordenadores: Profa. Dra. Olivia Nery (UFPel), Dnda. Vanessa Ávila Costa (UFPel) e Profa. Dra. Jossana Peil Coelho (UFPel)
Este Simpósio Temático propõe debater sobre patrimônio industrial em suas mais variadas tipologias, expressões, estudos e interpretações. Buscaremos refletir sobre questões conceituais, estudos de caso, abordagens teóricas etc. Serão aceitos trabalhos com as seguintes temáticas: patrimônio e arquitetura industrial, objetos industriais, memória e indústria, memória operária, movimentos operários, novos usos do patrimônio industrial, museus industriais, territórios industriais, relações de gênero, raça e classe. Interessam também pesquisas que abordem os discursos do patrimônio industrial, sobretudo os processos de patrimonialização, as pessoas envolvidas, as narrativas, os conflitos e as estratégias de preservação.
Palavras-chave: patrimônio indústria, memória, classe operária.
ST 4 – Patrimônio, Ensino e Experimentações
ST 4 - Trabalhos para apresentação
Coordenadores: Profa. Dra. Cláudia Parreiras Marques Martinez (UEL), Profa. Dra. Carla Rodrigues Gaustaud (UFPEL) e Profa. Dra. Carmem Schiavon (FURG)
Descrição: O Ensino de História tem ampliado o debate com os campos da Memória e do Patrimônio Cultural, pluralizando as reflexões acerca do passado no contexto da história ensinada. Diferentes sujeitos, narrativas e processos de ensinar com o patrimônio indicam uma polifonia nas formas de se pensar e pesquisar a História e a Escola. Nesta esteira, o objetivo deste Simpósio Temático consiste em congregar investigações realizadas no campo do patrimônio, na interface com o ensino de História, de forma que possamos mapear pesquisas, elaborar reflexões e construir indagações sustentadas em estudos e experimentações realizados em diferentes partes do Brasil.
Palavras-chave: Patrimônio; Ensino; Experimentações.
ST 5 – Políticas Patrimoniais e Cidades
ST 5 - Trabalhos para apresentação
Coordenadores: Prof. Dr. Alan Dutra de Melo (UNIPAMPA), Dr. Alexandre dos Santos Villas Bôas (UNIPAMPA) e Dr. Eduardo Roberto Jordão Knack (UFCG)
Descrição: As políticas patrimoniais de preservação do patrimônio cultural e as cidades estiveram intimamente ligadas desde a criação do antigo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), em 1937, tendo como um dos seus pressupostos a intervenção do Estado no direito de propriedade de prédios que eram de interesse para a preservação em meio a um cenário de desenvolvimento urbano e reconfigurações de centros urbanos. A partir de uma prática de preservação de prédios isolados, passando para a preservação de centros urbanos de cidades de arquitetura colonial, se chegou à construção de uma política patrimonial mais abrangente, com o incentivo ao planejamento urbano integrado à preservação de centros urbanos, aumentando o escopo de atuação dos órgãos gestores do patrimônio cultural. Neste ínterim, programas foram criados, como o Programa de Cidades Históricas (PCH) nos anos 1970, conjugando a preservação do patrimônio ao desenvolvimento do turismo, condicionando a liberação de recursos financeiros a projetos que contemplassem estas premissas, iniciando uma virada na relação entre as cidades e os órgãos gestores do patrimônio. Posteriormente, nesta mesma linha, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na modalidade Cidades Históricas foi criado em 2009, o qual estimulou o tombamento de centros urbanos de cidades periféricas, as quais poderiam obter recursos que alavancassem sua economia tendo o patrimônio como sua mola propulsora, levando a questão patrimonial ser considerada prioridade nestas cidades, as quais de outra forma teriam muitas dificuldades para preservar seu patrimônio cultural, assim como poderiam dinamizar suas economias. Contudo, cada vez mais a sociedade civil reivindicava uma maior participação nas decisões da política patrimonial, com canais apropriados em que pudesse deliberar efetivamente sobre o destino de seu patrimônio cultural, com a inclusão de outros tipos de patrimônio além do tradicional, colocando a palavra democracia participativa como vetor destas discussões, pressionando o Estado a incluir na pauta, por exemplo, a criação de órgãos como os conselhos de patrimônio com a inclusão dos atores anteriormente excluídos. Neste sentido, este grupo temático tem a intenção de discutir as mais diversas políticas patrimoniais implementadas nas cidades, sejam públicas ou privadas, ao longo do tempo e na contemporaneidade, com o objetivo de verificar as tensões entre a política patrimonial efetuada pelo Estado e a sociedade civil, nas suas mais variadas manifestações, material e imaterial, da existência de políticas (ou não) de preservação da memória de grupos excluídos, ou seja, o universo multifacetado do patrimônio cultural na temporalidade e espaços de sua presença como parte integrante da formação do ser humano.
Palavras-chave: Patrimônio; Políticas; Cidades.
ST 6 – Patrimônio e Sensibilidades Costeiras
ST 6 - Trabalhos para apresentação
Coordenadores: Profa. Dra. Joana Schossler, Prof. Dr. Felipe Nóbrega (FURG), e Profa. Dra. Melise de Lima Pereira (UFPR)
Descrição: A vida costeira pode ser estudada e interpretada por diferentes perspectivas, revelando diferentes formas de usos e práticas culturais desse território em suas múltiplas interfaces. Contudo, o mar não é apenas lugar de descanso, lazer e turismo, para muitos ele é lugar de trabalho e sobrevivência. Nesse longo tempo de ocupação da costa marítima, a paisagem e os modos de apreciação da beira-mar sofreram transformações drásticas, das quais inúmeros objetos de pesquisa revelam a riqueza desse território de quase 7 mil km. Seja pela condição de recurso natural e suas agências ecossistêmicas, ou pelo ponto de vista da Cultura e as práticas de apropriação do espaço litorâneo, esse ST convida pesquisadores a compartilharem as amplas perspectivas de estudo em torno do mar. São focos de atenção mergulhos e vestígios do início da ocupação arqueológica, subaquática, os naufrágios. Assim como a apropriação da paisagem, os impactos socioambientais, os usos sociais e culturais, os discursos, o urbanismo, as casas de veraneio, as disputas sociais, os impactos socioeconômicos do turismo costeiro, os mercados emergentes e tendências dos destinos de turismo costeiro. Ainda, as sensibilidades vividas no tempo junto ao litoral, a literatura marítima e os diversos patrimônios materiais/imateriais, que em forma de casas, faróis, barcos, pesca, comida, manifestações religiosas, documentação e fontes imprescindíveis revelam a memória costeira.
Palavras-chave: Patrimônio; Litoral; Turismo; Sensibilidades.
ST 7 – Acervos e Patrimônio: do tratamento à patrimonialização cultural
ST 7 - Trabalhos para apresentação
Coordenadores: Profa. Dra. Renata Braz Gonçalves (FURG); Profa. Me. Rita de Cássia Portela da Silva (UFRGS); Prof. Dr. Francisco Alcides Cougo Junior (UFSM)
Descrição: O tratamento dispensado aos acervos arquivísticos e bibliográficos corresponde a uma atividade de suma importância para que estes possam ser utilizados como fonte de pesquisa e sejam identificados como patrimônio cultural a ser preservado. Tendo em vista este contexto, o Simpósio Temático Acervos e Patrimônio visa proporcionar um espaço para discussão e troca de saberes acerca de experiências e pesquisas sobre o tratamento de acervos arquivísticos e bibliográficos, além dos processos de patrimonialização que os envolvem e as discussões teóricas que abarcam tal perspectiva.
Palavras-chave: Gestão de Acervos; Patrimonialização Cultural; Arquivos; Bibliotecas.
ST 8 – Patrimônio Cultural Imaterial
ST 8 - Trabalhos para apresentação
Coordenadoras: Profa. Dra. Áurea Pinheiro (UFPI); Profa. Dra. Cássia Moura (IFDPar); Profa. Dra. Janaína Mello (UFS) e Profa. Dra. Rosemar Lemos (UFPel)
Descrição: Este Simpósio Temático receberá trabalhos sobre inventários participativos do patrimônio cultural imaterial, podendo ser inventários conclusos ou em andamento. Os inventários nos permitem construir olhares e percepções de mundo ao coletarmos e registrarmos formas, cores, movimentos, dramatizações, teatralizações e diálogos mediados entre patrimônios, territórios e comunidades. Desejamos dialogar com vivências e experiência dos mais variados inventários participativos no Brasil e em países ibero-americanos. O nosso propósito é conhecer estudos e intervenções que nos permitam encontros com símbolos, sentidos e significados que as pessoas atribuem aos seus patrimônios em seus territórios, que possibilitam que as comunidades participem, das mais variadas formas, dos processos de educação e formação por meio dos inventários, garantindo escuta e partilha na construção de conhecimentos por meio de interações com as demais dimensões da vida comunitária. Realizar inventários participativos é conviver com as pessoas, compreender que não existem histórias sem sentido, que é preciso encontrá-las onde quer que estejam. Inventariar é um modo de pesquisar, coletar e organizar informações sobre algo que se quer conhecer melhor. É necessário um olhar voltado aos espaços da vida, para identificar as referências culturais que formam o patrimônio cultural local. Com os inventários, documentamos um repertório de referências culturais. Acreditamos que documentar e comunicar o patrimônio cultural é contribuir para a salvaguarda de ofícios e modos de saber-fazer, formas de expressão, lugares, celebrações. É permitir a comunicação e o fortalecimento de identidades e proporcionar a melhoria das condições de vida cotidiana das comunidades. É proporcionar encontros, diálogos com as populações, para que conheçam e reconheçam manifestações culturais de suas localidades como referências e elementos de sustentabilidade. Acreditarmos em investigações dessa natureza, que nos permitem acessar memórias e manifestações culturais. O trabalho de campo nos coloca desafios de método e epistemológico, sobretudo no que tange à produção de conhecimento sobre o outro. Como estabelecer um diálogo entre os(as) pesquisadores(as) e os detentores(as) dos patrimônios, participantes ou colaboradores(as) dos inventários, os(as) produtores(as) dos bens culturais que inventariamos? Como estabelecer uma comunicação entre detentores(as), nossos(as) interlocutores(as), mediadores(as) e os processos de produção de conhecimento? Nossa pretensão é promover uma autorreflexão e compreensão sobre o que vimos, ouvimos e sentimos na experiência com o trabalho de campo para a produção de registros em suportes diversos: textuais, fotográficos, sonoros, audiovisuais, etc. Sabemos que essa postura autorreflexiva permite continuarmos a realizar inventários e narrar continuidades, permanências, rupturas, memórias subterrâneas e muitas vezes em disputa, o que nos impõe desafios éticos enquanto pesquisadores(as) em diálogo com os(as) detentores(as) dos patrimônios.
Palavras-chave: Patrimônio; Imaterial, Inventários Participativos.
ST 9 – Conexões entre Arte, Patrimônio e Cultura Visual: Pesquisa, Educação e Processos Criativos
ST 9 - Trabalhos para apresentação
Coordenadoras: Profa. Dra. Elisabete Leal (UFPEL); Profa. Dra. Luciana Oliveira - Coordenadora do GT Imagem da ANPUHRS, Professora da Rede Estadual de Ensino e Membro do IHGRS e Profa. Dra. Carol Atencio, Professora da Rede Municipal de Lajeado
Descrição: Este Simpósio Temático Estudos interdisciplinares em Cultura Visual reúne os trabalhos que discutem alargadas formas de produção, circulação e apropriação das imagens visuais. O ST visa reunir as pesquisas acadêmicas que têm por foco pensar as imagens nos seus amplos aspectos criativos, representativos e interativos por meio de variadas mídias e suportes. Tem-se como intensão também congregar diversas áreas do conhecimento que tem a imagem como foco de reflexão, promovendo uma saudável interdisciplinaridade, multidisciplinaridade e/ou pluridisciplinaridade do saber, necessárias para a reflexão sobre o objeto visual.
Palavras-chave: Arte; Patrimônio; Cultura Visual.
ST 10 – Patrimônio e Arquitetura
ST 10 - Trabalhos para apresentação
Transmissão: https://meet.google.com/qho-gknt-fdw
Coordenação: Profa. Dra. Vivian da Silva Paulitsch (FURG), Prof. Dr. Renato Palumbo Dória (UFU) e Dndo. Jorge Luís Stocker Júnior (UFRGS)
Descrição: O presente Simpósio Temático pretende focalizar de forma ampla o patrimônio cultural e a preservação dos bens patrimoniais nos aspectos arquitetônico e paisagístico, valorizando as contribuições que uma renovada história da arte (mais atenta às experiências sociais e aos marcadores coletivos da paisagem) possa dar para esse campo. O debate sobre a noção de patrimônio e suas transformações, as recentes dilatações do campo e a respectiva emergência de novos protagonistas, com as inevitáveis tensões entre discursos hegemônicos e não hegemônicos sobre a memória pública, coletiva e sobre os lugares de memória estão contemplados neste recorte. Da mesma forma, o debate sobre as políticas públicas, participação da sociedade na tomada de decisões e da gestão do patrimônio cultural arquitetônico e paisagístico.
Palavras-chave: Arquitetura; Patrimônio; Preservação; Paisagem; História da Arte.